Já estamos em 2020 mas, mesmo assim, ainda existe muito tabu em relação ao assunto sexo. Mesmo que hoje tenhamos mais liberdade sexual do que há algumas décadas, muitas pessoas enfrentam preconceito e problemas para poder tocar nesse tema e resolver possíveis transtornos e traumas que tenha.
Nesse sentido, a terapia sexual também não é muito compreendida, e muitas pessoas acreditam que ela só é indicada para quem está com problemas sexuais. Assim, neste post nos propomos a desmistificar esse tema e abordar conceitos e indicações da terapia sexual. Acompanhe!
O que é Sexologia?
Antes de falarmos sobre a terapia sexual propriamente dita, é essencial explicar o conceito de Sexologia. A sexologia é estudo da sexualidade humana de maneira científica, que aborda questões como comportamentos, funções e interesses sexuais. A sexologia pode abranger vários campos de estudo, como Antropologia, Biologia, Criminologia, Educação, Epidemiologia, Medicina, Neurologia, Psicologia e Sociologia.
Entre as áreas em que os séxologos, especialistas em Sexologia, estudam e trabalham estão: atividade e comportamento sexual, desenvolvimento sexual durante a vida, relações sexuais, entre outras. Além disso, há sexólogos que focam em distúrbios sexuais, como anorgasmia, disfunção erétil, dor sexual etc.
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O que é terapia sexual?
Em geral, a terapia sexual é focada para tratar de problemas sexuais, embora possa abordar outros aspectos durante o tratamento. Ela é realizada com metodologias específicas que tornam o tratamento breve, objetivo e busca sempre resolver as questões ligadas à atividade sexual e à sexualidade de modo definitivo, no menor tempo possível.
A terapia sexual pode ser realizada tanto individualmente quanto em casal e trabalha para fortalecer o conhecimento e desenvolvimento sexual do indivíduo e do casal, procurando proporcionar uma melhora emocional, física e psicológica.
Mas, como dissemos, a terapia sexual pode ir além disso, e ajudar também na comunicação entre os parceiros e no tratamento de problemas psicológicos. Quando há questões físicas ligadas, também pode ser necessário que o paciente da terapia sexual seja encaminhado para tratamento médico.
É importante enfatizar que a terapia sexual não é destinada apenas a quem tem problemas de natureza sexual, mas também para auxiliar o indivíduo a conhecer seu próprio corpo e conseguir recursos para melhorar sua sexualidade e vida sexual.
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Como funciona a terapia sexual?
Geralmente, o tratamento da terapia sexual é realizado em sessões que são feitas em um ambiente profissional e seguro, como o consultório do especialista. Nessas sessões, são feitas conversa entre o cliente e o sexólogo, que vai fazer algumas perguntas sobre a atividade e vida sexual do paciente, bem como relacionadas à sua sexualidade.
Com base nessas perguntas, o sexológo vai tentar compreender, por exemplo, quais são os bloqueios enfrentados pelo paciente (caso haja), e como eles podem ser eliminados.
É importante ressaltar que muitos problemas sexuais têm raízes emocionais e psicológicas. Em outras palavras, muito da ansiedade, bloqueios e medos do paciente podem na verdade ter origem em acontecimentos e questões antigas, que vão sendo trazidas à tona conforme o paciente vai expondo seus problemas ao especialista.
É fundamental salientar, contudo, que em nenhum momento o sexólogo tem contato íntimo com o paciente: tudo o que é realizado em consultório são conversas e orientações profissionais e técnicas.
Em muitos casos, os pacientes conseguem perceber pequenas melhoras a cada sessão, que podem aplicar à sua prática e vida sexual.
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Quem deve buscar terapia sexual?
Como dissemos, infelizmente ainda há muito preconceito quando se trata de falar de sexo e de fazer terapia sexual. Ela pode ser indicada tanto para quem está passando por problemas de ordem sexual quanto para quem quer conhecer melhor sua sexualidade. Porém, existem alguns casos em que ela é realmente necessária:
- Dificuldade em sentir prazer: quando o indivíduo ou o casal não conseguem chegar ao orgasmo durante a relação sexual. A terapia sexual ajuda o indivíduo ou casal identificar as causas dessa dificuldade, e como trabalhar para vencê-las.
- Estresse na vida pessoal e profissional: quando o estresse atua como um desestimulante sexual, fazendo com que as questões relacionadas ao prazer sexual percam importância na vida do indivíduo ou do casal. A terapia vai ajudar o indivíduo ou casal a trabalhar para que questões externas à vida sexual não a afetem de forma tão prejudicial.
- Falta de comunicação com a(o) parceira(o): um dos problemas sexuais mais comuns entre casais é a falta de comunicação. Ela quebra a sintonia entre os dois indivíduos e faz com que o desejo sexual entre os dois arrefeça. Muitas vezes, essa falta de comunicação provém da vergonha e medo de compartilhar seus desejos e fantasias. A terapia sexual auxilia o casal a se comunicar melhor e entender melhor os os desejos e fantasias da(o) parceira(o).
- Falta de conhecimento sobre sexo e sobre o próprio corpo: muitas pessoas não conhecem o próprio corpo e os próprios desejos sexuais. E esse é um fator essencial para ter uma vida sexual de qualidade. Nesse sentido, a terapia vai auxiliar o paciente a conhecer o seu corpo e também o corpo de suas/seus parceira(o)(s).
- Histórico de traumas: muitas pessoas sofrem traumas, como abuso sexual e outros tipos de acontecimentos, que podem influenciar negativamente na hora de se relacionarem com outras pessoas, ou mesmo no conhecimento da sua própria sexualidade. Assim, é comum que, nesses casos, essas pessoas façam correlações com o sexo e sentimentos ruins. A terapia serve para identificar esses traumas e promover, com auxílio ou não de psicoterapias, uma busca pela cura.
- Presença de disfunções: disfunções sexuais se caracterizam por funções sexuais que não estão funcionando como deveria, como anejaculação, desejo sexual hipoativo, disfunção erétil, ejaculação precoce ou retardada, impotência sexual, inibição do orgasmo etc. A terapia sexual investia se as causas dessas disfunções são orgânicas ou não e, se necessário, indicar outro profissional especializado para tratar do caso, como urologista.
- Sentir dor na hora H: sentir muita dor na hora do sexo não é normal, e pode trazer consequências emocionais, físicas e psicológicas graves. Por isso, o tratamento com o terapeuta sexual pode ajudar a identificar qual é essa dor. Se preciso, ele indicará outro especialista para realizar um tratamento conjunto.
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