A incontinência urinária masculina é uma condição de origem multifatorial e que pode afetar drasticamente a qualidade de vida do homem, comprometendo seu bem estar físico, emocional e social.
Para se ter uma ideia, de acordo uma revisão de estudos realizada pela Universidade de Adelaide, na Austrália, até 42% dos homens com incontinência urinária chegam a desenvolver depressão. Além disso, a maioria dos pacientes apresenta resultados insatisfatórios nas avaliações de qualidade de vida.
Para acabar com o problema, é fundamental buscar ajuda de um profissional especializado, neste caso um urologista, que possa realizar o diagnóstico preciso da causa e recomendar o tratamento mais adequado.
Neste post, saiba o que é incontinência urinária masculina, conheças as principais causas, tipos e as opções de tratamento. Acompanhe!
O que é incontinência urinária masculina?
A incontinência urinária consiste na perda involuntária de urina, normalmente em pequenas quantidades e na forma de gotejamento. Também pode se manifestar como vontade urgente e incontrolável de fazer xixi.
Em condições normais, há uma perfeita coordenação entre a bexiga e o esfíncter, que é o músculo responsável pelo fechamento da uretra. A maioria das pessoas consegue controlar esse movimento, por mais apertadas que estejam, sem que haja perda involuntária de nenhum volume de urina.
Por uma série de fatores, tanto de origem física quanto neurológica, o homem que sofre com incontinência não tem controle total sobre a atividade muscular do esfíncter, evitando que seja capaz de segurar a urina.
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Causas da incontinência urinária masculina
Dentre as principais causas para o surgimento da incontinência urinária masculina destacam-se:
Obesidade
Em pessoas obesas, o maior volume de gordura corporal pode aumentar a pressão sobre a bexiga e os músculos da região pélvica, tornando-os mais fracos. Isso acaba favorecendo a falta de controle e a perda involuntária da urina, especialmente quando o paciente tosse, espirra ou realiza algum esforço.
Cirurgias prostáticas
Muitos dos casos de incontinência urinária masculina se dão como consequência de cirurgias na próstata. Durante esse tipo de procedimento, pode haver lesão no esfíncter, o que leva à diminuição do controle sobre o músculo e à perda de urina.
Outro efeito colateral desse tipo de cirurgia e que também pode levar à incontinência urinária masculina é o estreitamento da uretra.
Distúrbios neurológicos
Pacientes que sofrem com quadros que de alguma maneira afetem o sistema neurológico também podem apresentar incontinência urinária. Parkinson, Alzheimer, tumores cerebrais e AVCs (acidentes vasculares cerebrais) estão entre as causas mais comuns.
Outras causas
Alguns problemas de saúde, como diabetes, insuficiência cardíaca, hiperatividade da bexiga e infecções no trato urinário também são causas comuns da incontinência. O uso de medicamentos com efeito diurético também pode aumentar os escapes de urina.
Tipos de incontinência urinária masculina
O encaminhamento médico para o tratamento mais adequado não passa apenas pelo diagnóstico correto da causa do problema, mas também pela identificação do tipo de incontinência urinária que o paciente apresenta. São eles:
Incontinência por esforço
Consiste na perda involuntária de urina relacionada a esforços físicos como tossir, espirrar, erguer peso, saltar, começar a correr e até mesmo rir. Quando realizamos esse tipo de esforço, ocorre um aumento na pressão sobre a região da bexiga, e os músculos da região pélvica não conseguem se contrair o suficiente.
Incontinência por urgência
Mais comumente relacionado à hiperatividade da bexiga, esse tipo de incontinência urinária se caracteriza pela vontade súbita, urgente e, por vezes, incontrolável de urinar. Na maioria dos casos, a frequência com que o paciente vai ao banheiro aumenta e a quantidade de xixi eliminado tende a ser bastante reduzida.
Incontinência por transbordamento
Ocorre na fase de evacuação da bexiga, em que há o acúmulo de grandes quantidade de urina. Como consequência, há um aumento da pressão sobre o colo da bexiga, o que pode levar à perda involuntária de urina.
Tratamentos para incontinência urinária masculina
O tratamento mais adequado para incontinência urinária nos homens vai variar em cada caso, uma vez que vai depender da causa do problema. As principais opções são:
Terapias comportamentais
Vistas como primeira fase de tratamento, consistem basicamente na mudança de comportamentos no dia a dia. Entre as principais medidas estão a redução da ingestão de líquidos e de alimentos diuréticos (álcool, café, chás etc.), a prática de exercícios pélvicos e a micção programada, que é basicamente agendar as idas ao banheiro e registrar a quantidade de líquidos ingerida ao longo do dia.
Medicamentos
Os principais medicamentos para o tratamento da incontinência urinária são os anticolinérgicos. Esses remédios inibem a produção da acetilcolina, que é o neurotransmissor responsável pela contração dos músculos.
O médico também pode lançar mão de antidepressivos e até mesmo do tratamento com toxina botulínica, uma vez que o principal efeito dessa substância é justamente impedir a contração muscular.
Fisioterapia e exercícios
Durante o tratamento fisioterápico também podem ser utilizadas soluções como o biofeedback, a estimulação elétrica ou a combinação dos dois métodos.
Também podem ser indicados os chamados exercícios de Kegel, que visam fortalecer os músculos da região pélvica.
Cirurgia
Como último recurso, o médico pode indicar o tratamento por meio de cirurgia. O procedimento mais comum é a colocação de um esfíncter urinário artificial ou sling, métodos que comprimem a uretra e impedem a saída involuntária da urina.
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