Embora não seja abordado tanto quanto outros tipos de tumores que ocorrem nos homens, como o câncer de próstata, o câncer de testículo é responsável por 5% dos casos da doença entre o sexo masculino. E, felizmente, é possível curá-lo quando detectado precocemente; nestes casos esse tipo de tumor não possui um alto índice de mortalidade.
Mas, apesar de ser raro, uma das maiores preocupações a respeito do câncer de testículo é que sua ocorrência é maior em homens em idade produtiva; em outras palavras, que têm de 15 a 50 anos.
E, infelizmente, nessa etapa, a doença pode ser confundida com o que chamamos de orquiepididimites (que é quando um ou os dois testículos ou os epidídimos – canais que ficam atrás dos testículos e carregam o esperma – inflamam). Em geral, orquiepididimites são transmitidas sexualmente.
Sendo assim, neste post vamos abordar alguns dos aspectos mais importantes relacionados ao câncer de testículo, como causas e fatores de risco, diagnóstico, sinais, sintomas e tratamento.
Acompanhe e boa leitura!
Causas e fatores de risco do câncer de testículo
Ainda não se sabe ao certo o que causa essa doença, mas já há alguns fatores de risco que são associados ao aparecimento do tumor. Um deles é a criptorquidia: em outras palavras, quando o testículo fica fora da bolsa escrotal após o bebê nascer.
Outras causas relacionadas são: históricos de câncer no passado, síndromes genéticas raras e traumas crônicos. Há ainda algumas pesquisas que sugerem que o risco da doença aumenta discretamente em indivíduos que tenham histórico familiar de tumor no testículo.
Diagnóstico
O câncer de testículo é uma forma agressiva da doença, e possui alto índice de duplicação das células tumorais, o que significa uma evolução rápida do tumor. Por outro lado, seu diagnóstico é feito de forma simples e o índice de cura é alto, pois os pacientes costumam responder bem aos tratamentos quimioterápicos.
O diagnóstico é feito por meio de exames de ultrassonografia da bolsa escrotal, e também pela dosagem de marcadores tumorais no sangue.
Contudo, não é demais ressaltar que o autoexame é um costume fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de testículo, o que ajuda a aumentar ainda mais as chances de cura da doença. Além disso, nada de evitar o médico se você quer ter mais chances de diagnosticar o tumor precocemente.
Sinais e sintomas do câncer de testículo
Alguns sinais e sintomas muitas vezes são confundidos com tumor no testículo, mas vários deles são o que chamamos de condições não cancerosas. Como exemplo temos inflamações ou lesões testiculares, que podem causar sinais muito parecidos com os da doença, como as orquiepididimites que citamos acima, ou infecções bacterianas e virais, que podem ocasionar dor e inchaço no testículo.
Ainda assim, se você tiver um dos sinais citados acima ou que falaremos a seguir, procure um médico imediatamente:
Crescimento ou dor na mama
Embora seja raro, indivíduos que tenham células germinativas percebem que a região está aumentada ou dolorida. Isso acontece porque certos tipos da doença secretam altos níveis do hormônio gonadotrofina coriônica (HCG), que estimula o desenvolvimento da mama.
Inchaço ou nódulo no testículo
Em boa parte das ocorrências de tumor no testículo, os indivíduos percebem um nódulo em um dos testículos ou percebem que ele aumentou ou inchou. Por vezes o nódulo é dolorido, mas nem sempre. Homens com câncer de testículo podem perceber também uma sensação de dor ou peso abdominal ou na bolsa escrotal.
Puberdade precoce
Alguns tumores de células de Leydig e de Sertoli produzem andrógenos, que são os hormônios sexuais masculinos. Os tumores que produzem andrógenos não causam nenhum sintoma específico em indivíduos adultos, mas em meninos e adolescentes podem causar sinais de puberdade, por exemplo, o crescimento de pêlos no corpo e na face em uma idade precoce.
Sintomas avançados
Mesmo quando a doença já está disseminada por outros órgãos, muitos indivíduos podem não ter nenhum sinal imediato. Entretanto, alguns homens podem ter sintomas como:
- Dor de cabeça ou confusão por causa da disseminação do câncer para o cérebro;
- Dores na parte inferior das costas, que podem ser um sinal de que o tumor se espalhou para os gânglios linfáticos no abdome;
- Dores no abdome por causa aos linfonodos aumentados ou metástases para o fígado;
- Falta de ar, dor torácica, tosse ou mesmo expectorar sangue podem ocorrer se a doença atingir os pulmões.
Tratamento
O tratamento desse tipo de tumor é feito por cirurgia via inguinal (orquiectomia radical) para retirar o testículo afetado, e pode-se ou não colocar uma prótese no local. A recuperação geralmente é rápida e não causa disfunção erétil se apenas um testículo for retirado. Quando há metástase ou para evitar recidivas, o homem deve receber aplicações de quimioterapia com acompanhamento ou não de radioterapia.
Quando se trata o câncer de testículo, há o risco de indução da infertilidade definitiva ou temporária. Assim, por precaução, é recomendável, depois de retirar o testículo, coletar esperma e guardá-lo em um banco apropriado.
Com isso, o paciente poderá ter filhos no futuro, se assim desejar. Mesmo quando a infertilidade é temporária, alguns médicos recomendam que a pessoa só tenha filhos dois anos depois do fim do tratamento quimioterápico.
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